Com tantas especulações no meio
religioso ouvindo dúvidas de toda natureza, coletamos algumas informações e
dispusemos para esclarecimento do internauta e futuro candidato à Capelania as
suas Perguntas Mais Frequentes registradas em nosso Site.
Evidenciamos, no entanto, que de
forma alguma a CAPELANIA BRASILEIRA se coloca como mandatária nas questões
Capelâmicas, todavia alguns pontos precisam ser elucidados a bem da verdade.
“Porque nada podemos contra a
verdade, porém, a favor da verdade.” (2 Coríntios 13:8)
Vejam, então, as perguntas mais
frequentes sobre a Capelania de modo geral:
1) Quais são os requisitos
para ser Capelão?
É necessário que a pessoa que
entende o chamado do SENHOR e quer servi-Lo através do serviço Capelâmico,
busque se aprofundar nas questões relacionais, especialmente no segmento
Psicoteológico. Preferencialmente, se tiver cursado um bom seminário teológico
saberá como responder às controvérsias apologéticas contemporâneas.
Indispensável que seja uma pessoa de oração, versada na Bíblia (2 Timóteo
2:15), e que não se cansa de buscar conhecimento, a fim de dirimir dúvidas
teológicas, vivenciais, relacionais e procurar estar informada sobre as
interações no diálogo inter-religioso.
2) Todo Capelão Militar é
concursado?
Sim e não! Sim, os Capelães
Militares passam por concurso interno ou externo e certamente existem
requisitos básicos para que possam concorrer ao cargo desejado. Mas, alguns
pastores e religiosos podem fazer voluntariamente o serviço de Capelania
Militar, quando apresentam projeto especifico para isto nos Quartéis e
Corporações, de acordo com a necessidade local.
3) Os Capelães das Forças
Armadas são concursados?
Sim. Os Capelães da Marinha, do
Exercito e da Aeronáutica passam por concurso público externo, cujo quesito
principal é ser bacharel em Teologia e, normalmente, tenha experiência como
pastor. Sabe-se até o momento que, aqui no Brasil esta oportunidade tem sido
oferecida apenas ao público masculino.
4) Por que os Capelães de
Escolas Confessionais são remunerados e os das Escolas Públicas não são?
No Brasil o serviço religioso de
Capelania tem sido oferecido voluntariamente. Mas, sabe-se que as Escolas
confessionais remuneram seus Capelães porque estes fazem parte do quadro de
funcionários.
Isto não significa que as Igrejas
não possam ou não devam oferecer uma ajuda de custo, sustento ou ofertar aos
seus laboriosos missionários urbanos que realizam Capelania nas Escolas
Públicas.
Portanto, é preciso deixar claro
que exercer o serviço religioso de Capelania é, primeiramente, atender a um
chamado vocacional da parte de DEUS.
5) A Capelania pode ser
reconhecida como Missões Urbanas?
Por que não? Precisamos aceita-la
como missão, já que é um atendimento à vocação e, ela responde aos anseios
locais de alcançar os não alcançados no meio urbano e de forma integral se for
possível.
Seja no hospital, na escola, na
universidade, junto à guarda portuária, aos centros de apoio aos refugiados,
nas empresas e organizações, aos recasados, encarcerados, nos funerais, nos
asilos ou orfanatos; em todos os casos a Capelania vai ao encontro do citadino
para leva-lo ao conhecimento da Salvação e dar-lhes apoio emocional,
aconselhamento e mentoria.
6) Ter uma identificação de
Capelão, como uma insígnia, é o suficiente para desenvolver o trabalho de
Capelania?
Se o Capelão obteve através de
curso uma carteira para facilitar sua entrada em locais onde pode ser praticada
a Capelania e ele prescindir os estudos em função desta facilidade estará
cometendo um grande equívoco com o passar do tempo.
Obter conhecimento nunca será
suficiente para nos levar a compreender a alma humana em sua totalidade e
complexidade. Como já foi dito anteriormente, quanto mais nos aprofundarmos nas
questões Psicotológicas, melhor. Isto porque nos deparamos com a miséria da
alma humana em muitas situações e estamos falando de Pessoas. Quanto mais nos
solidarizamos com o próximo, maiores as chances de levá-lo ao conhecimento de
Cristo.
Quanto à admissão em qualquer
órgão público ou privado para exercer Capelania, certamente, terá melhor êxito
se for recomendado pela igreja do Capelão, independentemente de ter uma
carteira ou não, até porque o serviço de Capelania não é autônomo e deve ter a
Igreja como enviadora, parceira e até sustentadora, seja em intercessão ou
remuneração.
7) Então, para que serve um
credenciamento de Capelania?
Por muitas razões, uma delas é
ter a liberdade de fazer uma esporádica visita no leito de enfermidade,
obviamente num hospital. A visita esporádica pode requerer a apresentação de um
emblema, uma carteira de identificação, normalmente de uma organização voltada
para o primor deste serviço.
A apresentação da carteira ou
crachá de Capelania, certamente possibilita o ingresso em locais os quais
pessoas sem a qualificação Capelâmica não tem permissão para entrar.
Outra razão importante, no caso
fiscalização trabalhista, se o Capelão for abordado para provar que faz seu
serviço voluntariamente, ou seja, não está inserido no quadro de funcionários
daquele local de trabalho, poderá provar que pertence a outro regimento e é
mero serviçal em Missão do Reino.
8) O fato de alguém ter feito
um Curso de Capelania faz dele um Capelão?
Não necessariamente. A pessoa que
realiza um curso de Capelania, seja presencial ou à distância, seja de extensão
ou uma oficina, somente será considerada de fato uma Capelão desde que,
naturalmente, exerça a função. Notoriamente será considerada de direito e de
fato quando, além de frequentar um curso e se preparar para isto, for para o
campo missionário.
9) Por que é recomendável
frequentar um Seminário de Capelania?
Normalmente, os Seminários
despertam os vocacionados, oferecem informações preciosas e o caminho das
pedras até mesmo para quem já fez algum curso de Capelania, independente da
modalidade.
São expostas experiências e há
troca de ideias numa dinâmica vivencial, porque se entende que a Oficina tem a
primazia de oferecer aprendizado contínuo para quem precisa se reciclar e
atualizar-se em sua vocação.
Novas literaturas, eventos e
organizações sérias sempre são lembradas nas Oficinas e Clínicas de Capelania.
Isto sem contar as mudanças legislativas, acordos associativos e o surgimento
de novos parceiros, que viabilizam a caminhada do Capelão de forma mais suave e
segura.
10) Visitação é a mesma coisa
que Capelania?
Definitivamente não. Fazer uma
visita não é o mesmo que exercer, sistematicamente e comprometidamente, a
função ou a tarefa de Capelania seja em que campo for.
O voluntário pode, variavelmente,
visitar um campo prisional a cada semestre periodicamente, por exemplo, mas
isto não faz dele um Capelão. A exemplo disto podem ser citados os pastores.
A Capelania, como uma função
extra pastoral, pode ser realizada por pastores independente se estes tenham
realizado ou não algum curso de Capelania.
Entretanto, é possível que
algumas pessoas façam, sistematicamente, visitas nalgum campo em obediência ao
seu chamado vocacional e que ainda não tenham frequentado qualquer Curso ou
Oficina, por qualquer que seja a razão. A falta dalgumas diretrizes e técnicas
específicas pode colocar em risco o bom nome desta classe operária do Reino.
Recomendamos, portanto, que os
que assim procedem façam o quanto antes um bom Curso, ainda que à distância,
para aprimorarem o seu conhecimento e dar sentido às suas experiências.
Caso o Amigo Leitor tenha ainda
alguma dúvida, contate-nos, teremos prazer em responder e ajuda-lo na jornada
de Missões Urbanas nas diversas áreas Capelâmicas.
DEUS ABENÇOE OS CAPELÃES!