16/06/2024

Igreja: Dinheiro, fama e engajamento - João 13. 31-35.

 

Igreja: Dinheiro, fama e engajamento - João 13. 31-35.




Para acreditar e amar uma pessoa de todo o coração é fundamental conhecer a fundo sua personalidade, qualidades, valores e virtudes. No nosso meio evangélico, infelizmente há aqueles que querem mostrar que amam como Jesus a todo custo. Inclusive, “amam” tanto que ao invés de proporcionar o caminho do reino, exibem em seus cultos uma animada busca pela prosperidade financeira, o que demonstra que estão cegos e, sequer consegue ver que a cobiça, corrupção e traição já os domina; e se não conseguem curar a doença chamada cobiça em si, tão pouco saberão falar do amor de Cristo ao próximo....  

Exaustivamente, observamos al verdade no clero atual: eles pregam em cima da humildade e a pobreza dos outros, mas vivem em abundância e fartura... mas será que Jesus nos ensinou a odiá-los   por isso?

A pessoa não, mas seus atos, sim.

Porque um ser espiritual não pode odiar ninguém. Senão corre o risco de deixar a cobiça entrar no seu coração e dominar seus desejos símplices.

Quantos a esses desgraçados (sem a devida graça) que insistem na cobiça desenfreada, Que eles caiam em si e repartam entre si as suas roupas, lançando sortes, caso contrário, a frase compassiva de Jesus se fará necessária para eles: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. A não ser que fazem porque sabem.

Pessoalmente, como cristão, jamais gostaria de ouvir: “Ele não sabe o que está fazendo” . entendo que essa frase é dirigida aos insensatos de plantão. O mais triste dessa passagem é que hoje há muita crente miserável, fazendo o trabalho sujo dos seus pseudolideres..., mas Jesus também nos ensinou a odiá-los?

Também não.

Como Jesus não discrimina ninguém, certamente, Ele julgará a todos igualmente. Jesus é o único que pode fazer com que o verdadeiro discípulo seja conhecido por meio dos seus atos de fidelidade e palavras justas e verdadeiras. Tanto é que houve um momento em que ele se reuniu com seus discípulos para denunciar Judas – seu discípulo - como o traidor. É que Judas não via nele o libertador do jugo romano.  Inclusive, Tal qual hoje, há muitos Judas (infiéis) que ouvem a pregação e os ensinamentos de Jesus, mas não se convencem de nada... pelo contrário, a maioria dá Jesus de mão beijada em troca de uma boa quantia de dinheiro, fama e engajamento.... ressalto que a traição de Judas ao invés de acabar com Jesus deu-lhe mais glória, ou seja, o poder de Deus se manifestou mais ainda nele.

Jesus também julgou os fariseus; chamou-os de hipócritas - sendo possível entender sua raiva naquele momento - pelo mal que eles causavam ao povo: “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque não entram no reino dos céus nem deixam ninguém entrar! Ai de vocês, escribas e fariseus hipócritas, que por um lado fazem longas orações nas ruas e por outro lado roubam as casas das viúvas! - Mateus 23:13–37.

Sim, Todos verão que Jesus é Deus em pessoa e que já existia mesmo antes da criação do mundo (Jo 1. 1). Jesus deixou claro aos discípulos que eles não podem ir para onde ele vai, pois não estavam prontos para tal missão. Mas que deviam continuar onde estão para darem continuidade ao seu projeto, que é de continuar a anunciar o Reino de Deus. Só que para dar continuidade ao projeto de Jesus, os discípulos não podem se vender e nem trair os ensinamentos de Jesus, mas amar uns aos outros, ensinar a respeitar e não ser falso, nem difamar ou desejar o que é do próximo.

Mas este é o amor de Jesus: Ó Senhor Deus, o teu amor chega até o céu e a tua fidelidade vai até as nuvens. A tua justiça é firme como as grandes montanhas e os teus julgamentos são profundos como o mar. Sal 36.5-6

Como cristão, Nós amamos, porque conhecemos o mandamento do amor que Jesus resumiu em dois: amar a Deus acima de tudo e o próximo como ele nos ama. Mas a questão é:  como devemos amar como Jesus?

Em primeiro lugar, perdoando. Em Mt 5. 21-48: Jesus ensina o perdão; não ficar com raiva das pessoas; não ser vingativo; amar o inimigo e orar pelos que nos perseguem. Será que   conseguimos amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem?  

Em segundo lugar, em Mt 9. 35-38: Jesus ensina a termos compaixão das pessoas que vivem como ovelhas sem pastor. São pessoas perdidas no mundo, cansadas, deprimidas, tristes... Será que temos tempo para ajudar estas pessoas? Será que queremos realmente nos envolver com os problemas dos outros, se não conseguimos resolver os nossos próprios?  

Em terceiro lugar, em Lc 19. 1-10 descreve Jesus visitando e comendo com cobradores de impostos, corruptos que viviam do desvio do dinheiro público. Já pensou você almoçando com um corrupto e as outras pessoas pensando que você é um corrupto também?

Mas Jesus é o bom pastor que dá a sua vida por suas ovelhas/nós. Jo 10. 11-21. Tanto que na cruz, Ele perdoou quem o crucificou e ainda prometeu o Reino do pai a um dos criminosos crucificado Lc 23. 34. Será que conseguimos perdoar alguém que causou um acidente premeditado e, ainda, lhe desejar uma vida em abundância? E ainda mais, será que nós temos coragem de entregar a nossa vida à morte por uma pessoa?

E enfim, em Jo 11. 28-44 vimos Jesus chorar a morte de Lázaro e adiante lhe devolver a vida. Em Jo 13. 1-20 vimos ele servir os discípulos e lhes lavar os pés. Será que, sem nojo, lavamos os pés de uma outra pessoa sem se sentir humilhado por esse gesto?

É assim que Jesus ama.  Já pra os crentes judas é impossível ou quase impossível amar os seus inimigos; se envolver com os problemas dos outros; sentar à mesa com um corrupto; perdoar e desejar uma vida em abundância a quem cometeu um crime premeditado; tão pouco devolver a vida a quem já está falecido, porque eles não conseguem ser diferentes. Vamos amar como Jesus amou para podermos revelar, por meio do nosso amar, a glória de Deus, o poder de Deus?

Então, vivamos como Jesus viveu! Falemos como Jesus falou! Amemos como Jesus amou!

Como cristão, o nosso amor deve fazer a diferença e realmente, transformar situações. Devemos, realmente, orar pelos nossos inimigos e amá-los, para sermos diferentes. Devemos perdoar sempre e   julgar a luz do evangelho. Devemos devolver a vida para quem a perdeu nas drogas e vícios em geral - devolvendo a vida digna. Devemos carregar, sim, as dores dos outros no sentido de consolar, animar e compreender a sua dor. E é por meio desse amor impossível que os outros irão ver que somos verdadeiros discípulos de Jesus.

 

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tom caet