30/03/2019

Transtorno da personalidade



Este texto é para quem gosta de diagnosticar transtorno de personalidade nas pessoas. E se você estiver errado em falar que alguém tem tal transtorno?

Primeiramente, diagnosticar um Transtorno de personalidade é muito complexo. Algo que nem todos os especialistas entendem bem. Se você não é médico, psicólogo, ou algum especialista parecido, evite diagnosticar certos transtornos psiquiátricos sem que se informe antes, recomendo que consulte um especialista. Vai que descobre que é você que tem problema senão as pessoas podem ter concepções erradas ou terem uma imagem negativa sobre você. Já imaginou um analfabeto ensinando alguém a ler?

Em segundo lugar, digo aos vários ignorantes que mal sabem ler ou interpretar textos,  que os diagnósticos não são feitos baseados em teorias e achismos, e para entender de preceitos éticos profissionais; sua necessidade e importância para supor que alguém sofre de um determinado transtorno de personalidade é necessário que se obtenha informações através de  estudos, consultas familiares, orientadores de ensino entre outras pessoas que tenham tido contato mais prolongado com quem supostamente achamos sofrer para afirmar que alguém sofre ou não de psicopatia, borderline, bipolaridade, enfim, coisas que até alguns psiquiatras acreditam que os tipos ou categorias de transtorno de personalidade não ajudam, porque a maioria das pessoas diagnosticadas com um transtorno de personalidade nem sempre se enquadra em nenhuma categoria ou podem ser diagnosticadas com mais de um.

Pessoalmente acredito que você deveria estar no que cada indivíduo precisa para lidar com seus problemas e descobrir novas formas de viver socialmente e não em que categoria devam estar. Inclusive algumas categorias são baseadas em como as pessoas se comportam quando estão no hospital, mas não como se comporta na família, na comunidade..., enfim. Dependendo do seu humor e do que está acontecendo em sua vida em certos momentos. alguns sintomas de transtorno de personalidade podem ser muito semelhantes a outros problemas de saúde mental.

Lembrando: só o especialista, poderá fazer o diagnóstico para verificar se há um transtorno da personalidade e, se houver, descobrir qual tipo é. Pois existem vários tipos diferentes de transtorno.  Além disso, o termo "transtorno de personalidade" pode soar muito crítico. Receber um diagnóstico ou um rótulo de "transtorno de personalidade" pode parecer que você está sendo informado de que há algo errado com quem você é. Você pode se sentir chateado, insultado e excluído. Ninguém gostaria de ser estigmatizado de ser mentiroso, violento e perigoso.  Portanto, uma pessoa com um transtorno, pensa, sente, se comporta ou se relaciona com os outros de forma muito diferente da pessoa comum. E os sintomas do transtorno variam dependendo do tipo de personalidade.

A Associação Psiquiátrica Americana, para as pessoas com alterações de personalidade, não utiliza a expressão “psicopata” por exemplo, em seu manual de diagnóstico, mas lista o seguinte:

Uma pessoa com transtorno de personalidade limítrofe (um dos tipos mais comuns) tende a ter maneiras perturbadas de pensar, comportamento impulsivo e problemas para controlar suas emoções. Eles podem ter relacionamentos intensos, mas instáveis, e se preocupar com o abandono das pessoas. É um padrão de instabilidade nos relacionamentos pessoais, emoções intensas, baixa autoimagem e impulsividade. Uma pessoa com transtorno de personalidade limítrofe pode ir muito longe para evitar ser abandonada, ter repetidas tentativas de suicídio, demonstrar raiva intensa inadequada ou ter sentimentos contínuos de vazio.

Transtorno de personalidade esquiva: um padrão de extrema timidez, sentimentos de inadequação e extrema sensibilidade à crítica. As pessoas com transtorno da personalidade esquiva podem não estar dispostas a se envolver com as pessoas, a menos que tenham certeza de serem amadas, estejam preocupadas com críticas ou rejeições, ou possam ver a si mesmas como não sendo suficientemente boas ou socialmente inaptas.

Transtorno de personalidade dependente:  um padrão de necessidade de ser cuidado e comportamento submisso e pegajoso. As pessoas com transtorno de personalidade dependente podem ter dificuldade em tomar decisões diárias sem a confiança dos outros ou podem se sentir desconfortáveis ​​ou desamparadas quando estão sozinhas por medo de incapacidade de cuidar de si mesmas.

Transtorno de personalidade histriônica: um padrão de emoção excessiva e busca de atenção. As pessoas com transtorno de personalidade histriônica podem sentir-se desconfortáveis ​​quando não são o centro das atenções, podem usar a aparência física para chamar a atenção para si mesmas ou ter emoções que mudam ou exageram rapidamente.
Transtorno de personalidade narcisista: um padrão de necessidade de admiração e falta de empatia pelos outros. Uma pessoa com transtorno de personalidade narcisista pode ter um senso grandioso de auto importância, uma sensação de direito, tirar vantagem dos outros ou não ter empatia.

Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva: um padrão de preocupação com a ordem, a perfeição e o controle. Uma pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo pode estar excessivamente focada em detalhes ou horários, pode trabalhar excessivamente, não permitindo tempo para lazer ou amigos, ou pode ser inflexível em sua moralidade e valores. (Isso não é o mesmo que transtorno obsessivo compulsivo.)

Transtorno da personalidade paranoica: um padrão de suspeitar dos outros e vê-los como mesquinhos ou rancorosos. As pessoas com transtorno de personalidade paranoica geralmente assumem que as pessoas irão prejudicá-las ou enganá-las, e não confiam nos outros nem se aproximam delas.

Transtorno da personalidade esquizoide:  estar separado das relações sociais e expressar pouca emoção. Uma pessoa com transtorno da personalidade esquizoide tipicamente não procura relacionamentos íntimos, escolhe estar sozinha e parece não se importar com elogios ou críticas dos outros.

Transtorno da personalidade esquizotípica:  um padrão de ser muito desconfortável em relacionamentos próximos, com pensamento distorcido e comportamento excêntrico. Uma pessoa com transtorno de personalidade esquizotípica pode ter crenças estranhas, comportamento ou fala estranha ou peculiar ou ter ansiedade social excessiva.

Já uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial normalmente fica facilmente frustrada e tem dificuldade em controlar sua raiva; um padrão de desconsiderar ou violar os direitos dos outros. Uma pessoa com transtorno de personalidade antissocial pode não estar em conformidade com as normas sociais, pode mentir ou enganar os outros ou pode agir impulsivamente.

Eles podem culpar outras pessoas por problemas em sua vida e ser agressivos e violentos, perturbando os outros com seu comportamento. Alguém com um transtorno de personalidade também pode ter outros problemas de saúde mental, como depressão e abuso de substâncias químicas.

Em resumo, não posso condenar quem não sabe a coisa certa a dizer ou como ajudar. Mas há muitas coisas positivas que você pode aprender:

Em primeiro lugar, tente ser paciente - se o seu amado está lutando para lidar com suas emoções, tente não se envolver em uma discussão no calor do momento. Pode ser melhor esperar até você se sentir mais calmo para conversar sobre as coisas. Fale com eles de forma compassiva e calma - quando alguém está experimentando pensamentos e sentimentos difíceis, seu comportamento pode ser inesperado ou perturbador, e você pode se sentir inseguro. Tente entender o que eles estão experimentando e o que está afetando seus pensamentos, sentimentos e comportamento - isso pode ajudá-lo a manter a calma. Valide e tente ser compreensivo - não questione meus pensamentos ou pontos de vista. Se coloque no meu lugar. Se esses eram os pensamentos e sentimentos que você estava experimentando, como eles fariam você se sentir?

Em segundo lugar, não os julgue - tente ouvi-los. Você pode não entender por que eles se sentem assim, mas isso pode significar muito para reconhecer e valorizar como eles estão se sentindo. Lembre-os de seus pontos positivos - um diagnóstico de transtorno de personalidade não impede que alguém seja simpático, inteligente, gentil, altamente motivado ou criativo. Lembre-os dos pontos positivos que você vê neles. Tente estabelecer limites e expectativas claros - pode ser útil certificar-se de que ambos sabem onde estão os limites do seu relacionamento e o que você pode esperar um do outro. Isso pode ajudar você a gerenciar sentimentos e situações difíceis.

Em terceiro lugar, pense em como você poderia ajudar a mantê-los seguros - pode ser assustador se você estiver preocupado com alguém de quem você gosta é se machucar ou se está lutando com pensamentos suicidas, mas estar preparado pode ajudá-lo a lidar com isso.  

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tom caet