Em 1938, o jornal Der Stürmer publicou um livro infantil chamado Der Giftpliz ("O Cogumelo Venenoso"). Uma coleção de contos moralistas sobre os judeus. Esse livro buscava mostrar às crianças que não havia nenhum aspecto da vida alemã que estivesse a salvo do "veneno" judeu. Eles eram médicos, advogados, banqueiros e políticos. Eles eram mendigos, proprietários de imóveis, e também eram mercadores que iam de cidade em cidade.
Eles também eram, como mostra a estória que acompanha a imagem acima, cristãos.
A legenda abaixo da figura é bem descritiva: "Die Taufe hat aus ihm keinen Nichtjuden gemacht" (O batismo não fez dele um não-judeu)
Quando se pensa a respeito, essa é uma ideia bem radical, já que vai de encontro com toda a teologia cristã estabelecida (que qualquer um pode ser salvo ao abraçar a crença em Cristo), e é totalmente contrária a mais de um milênio de prática cristã (de que é preciso converter os judeus). Agora, na era do antissemitismo radical, essas velhas teologias caem por terra. O judeu é judeu por causa de seu DNA.
Os profetas previam a vinda de um Messias salvador que libertaria o povo dos seus pecados mas os sacerdotes e os escribas interpretaram que seria um libertador político-militar que restauraria o reino de Israel à glória dos tempos salomônicos. Talvez um nobre nascido na casa do sumo sacerdote ou quem sabe um filho de um rei.
E quando Jesus veio, um filho de um pobre carpinteiro nascido em uma manjedoura, já começou contrariando suas expectativas a partir daí. Acho isso muito bonito porque Jesus de fato poderia ter nascido na família do sumo sacerdote ou em algum outro berço de prestígio. Mas é aí que Deus mostra sua grandeza aos homens começando nos ensinar a partir da sua simplicidade.
Então Jesus os escandalizou profundamente pois enquanto aguardavam um líder político militar que lhes tirasse de sob o jugo do império romano, Jesus lhes ensinava amar aos seus inimigos e orar pelos que lhes odiavam!
Enquanto esperavam um Messias que prestigiasse à sabia e erudita casta sacerdotal, que guardava as leis e bem conheciam as Escrituras, Jesus se voltou diretamente para o povo ensinando-lhes as coisas de Deus e ainda condenando à hipocrisia dos "respeitáveis" fariseus.
Perceba que a própria rejeição do Cristo por parte da nação de Israel já estava prevista nas Escrituras e não foi um acidente ou falha da missão do Cristo mas mais uma incrível confirmação da sua identidade como o Messias!
Jesus Cristo é chamado em Apocalipse 13:8 de “O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” pois Jesus Cristo é o verdadeiro significado dos cordeiros sacrificados pelo povo de Israel no Antigo Testamento para remissão dos seus pecados (Gênesis 22:7, Gênesis 22:8, Êxodo 12:5, Êxodo 29:39, Levítico 14:25, Números 28:8).
Jesus é o verdadeiro significado do pão que era oferecido sobre a mesa do tabernáculo no Antigo Testamento em Êxodo 25:30 pois Ele disse “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu” e que o comer do pão seria o beneficiar-se do seu sacrifício que faria por nós tal qual dito em João 6:51.
Com 600 anos de antecedência o profeta Zacarias predisse que o Messias seria vendido por exatas 30 moedas de prata (Zacarias 11:12-13).
Nos Salmos foi predito que o Messias seria traído por um dos seus íntimos companheiros (Salmos 41:9), que seria rodeado pelos malfeitores e escarnecedores após ter sido traspassado nas mãos e nos pés por eles, isto é, crucificado (Salmos 22:16) e até o detalhe de que apostariam entre si pela posse de sua túnica.
Com 700 anos de antecedência o profeta Isaías predisse que o Messias seria humilhado e rejeitado (Isaías 53:2-3), que tomaria nossas dores sobre si (Isaías 53:4-6), que não abriria sua boca diante dos seus acusadores (Isaías 53:7) e que seria sepultado com os ímpios (Isaías 53:9).
Aliás, faça um teste interessante para você perceber. Abra a Bíblia no Antigo Testamento e leia todo o capítulo de Isaías 53 para um ouvinte sem comunicar-lhe a qual livro da Biblia pertence o texto que está lendo. Então pergunte-o de quem está falando o texto ou se o texto pertence ao Novo ou Velho Testamento e o ouvinte lhe dirá que o texto deve estar falando de Jesus e/ou que deve ser um texto de um livro do Novo Testamento!
Não é à toa que Jesus é chamado de “A Palavra de Deus" em Apocalipse 19:13 evidenciando a relação íntima entre Jesus e a Bíblia pois ele é como a personificação dela!
"E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas." (Lucas 24:44–48)
"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;" (João 5:39)
REJEITARAM A CRISTO E RECEBERÃO AO ANTICRISTO
Na ocasião da festa em Jerusalém quando Jesus operou publicamente o milagre da cura do paralítico no tanque de Betesda veja o que Ele respondeu aos incrédulos e cegos judeus que o criticaram por o milagre ter sido feito em um sábado.
“Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis (… ) Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João 5:43–47)
Nessa fala, além de Jesus apontá-los que ele é o Messias anunciado por Moisés, isto é, pela lei e os profetas do Antigo Testamento, o Senhor também fez uma profecia nesse trecho em negrito do texto acima sobre outro "Messias" que virá em seu próprio nome (pois não vem da parte de Deus como Jesus) e que os judeus aceitarão.
Esse falso Messias vem a ser aquele que nós cristãos identificamos como o Anticristo.
Tudo está relacionado a esse lugar aqui:
Esse é o Domo da Rocha, em Jerusalém, o qual possui um significado especial para o judaísmo uma vez que essa mesquita mulçumana se encontra exatamente no lugar do imponente e famoso Templo de Salomão judeu e o local de construção desse santuário também é considerado como sendo o mesmo local aonde Abraão, Jacó e outros profetas teriam erigido altares de sacrifício na antiguidade (ali Abraão teria quase sacrificado Isaque a Deus no episódio relatado em Gênesis 22:9–13).
No entanto, como todas as profecias relativas ao povo de Deus, ao destino da humanidade e à Igreja sempre estiveram ligadas a Israel, inclusive veio deles o Messias, Israel continua sendo o “relógio de Deus” e há um valor escatológico (profético) para o cristianismo no que diz respeito a esse santuário pois é esperado que o terceiro Templo de Salomão (terceiro porque antes já houve duas construções originais destruídas em 586 a.c e 70 d.c pelo rei babilônico Nabucodonosor e pelo general romano Tito, respectivamente) seja reconstruído para que se cumpra a profecia bíblica a respeito do Anticristo, o falso messias, que se revelará à humanidade no fim dos tempos, seduzirá ao mundo inteiro e inclusive o povo judeu, pois estes renegaram a Jesus e ainda aguardam um messias, e que “se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” conforme predito em II Tessalonicenses 2:4.
No Antigo Testamento, em Zacarias 6:12–13, foi profetizado o seguinte acerca do Messias:
“E fala-lhe, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Eis aqui o homem cujo nome é renovo; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do Senhor. Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos os ofícios.”
Essa profecia se cumpriu em Jesus quando ele ressuscitou pois o próprio Jesus era o RENOVO de Deus, trazendo a nova aliança da graça e suplantando a velha aliança da lei de Moisés.
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Destruí este templo, em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo.” (João 2:19–21)
Na visão gloriosa que o Apóstolo João teve de Jesus e o viu assentado no seu trono foi dito o seguinte pelo Senhor:
“E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas (….)” (Apocalipse 21:5)
Jesus também exerce sacerdócio perpétuo perante Deus sendo o nosso Sumo Sacerdote e intercessor no Céu:
“Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” (Hebreus 7:28)
Jesus é o Messias, Rei e Sacerdote, profetizado por Zacarias e está assentado nos Céus a destra de Deus!
Mas os rabinos judeus atuais assim como os da época de Jesus, interpretam na passagem de Zacarias 6 que quando o “verdadeiro messias” vier ele conduzirá pessoalmente a reconstrução do terceiro Templo de Salomão e, por consequência, necessariamente fará isso com algum tipo de sucesso diplomático que até agora o mundo ainda não viu apesar das inúmeras tentativas de várias potências mundiais, como os Estados Unidos, de firmar um acordo de paz entre israelenses e palestinos pondo fim ao derramamento de sangue interminável entre essas duas nações. O Anticristo conseguirá e o fará com aclamado sucesso sinalizando assim para o mundo a chegada de um líder promissor capaz de resolver os grandes conflitos do planeta e finalmente conduzir a humanidade à tão sonhada paz mundial.
Provavelmente ele será identificado como o último ser elevado reencarnado na Terra pelos espíritas, o Maytreia das religiões esotéricas, o Mahdi mulçumano ou o Bahaulá da fé Bahai, enfim, um deus! Por que não?! Hoje em dia as pessoas adoram outras pessoas famosas por muito menos.
E a Bíblia diz que o Anticristo receberá poder das trevas para operar sinais e prodígios incríveis e impressionar o mundo inteiro, inclusive os céticos (II Tessalonicenses 2:9) a ponto de fazer descer até fogo do céu (Apocalipse 13:13)
“A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, ainda que é.” (Apocalipse 17:8)
Por isso o Domo da Rocha em Jerusalém, e a própria dinâmica geopolítica de Israel como um todo, têm um significado escatológico muito importante para os cristãos que crêem na Bíblia, conhecem as profecias e observam os sinais da Vinda do Senhor não sendo ignorantes a esse respeito como os hipócritas fariseus aos quais Jesus repreendeu em Mateus 16:3 dizendo “Hipócritas, sabeis discernir a face do céu, e não sabeis discernir os sinais dos tempos?”.