É melhor não prometer nada do que fazer uma promessa e não cumprir. (Eclesiastes 5:5)
Quase sempre fazia promessas para
alguém e poucas vezes cumpri todas. Mas depois que li Eclesiastes 5:5, quando fizer uma promessa a Deus, não
demore a cumpri-la, pois ele não se agrada dos tolos. Que cumpra todas as
promessas que fizer. Pois é melhor não dizer nada que fazer uma promessa e não
cumprir. Em outras
palavras, se prometer algo, mesmo que seus custos aumente, cumpra, Se prometeu
desconto, cumpra, mesmo que com prejuízo. Se prometeu entregar tal dia, cumpra...
custe o que custar. Isso também
em relação uns aos outros.
Hoje, seguindo o conselho bíblico,
temerosamente prefiro não prometer várias coisas e assim evito ter que ouvir:
você prometeu. Apenas afirmo que quando poder, fare. Mas não me atrevo a prometer.
E assim, resolvo a questão da promessa.
Analiticamente, uma pessoa não deve fazer promessas vazias, ou de algo que
não possa cumprir. Lembre-se de que se for uma criança, por exemplo, elas sentirão
decepção e decepção em relação a você, pensarão que não as ama o suficiente e
também, isso as afetará seriamente emocionalmente.
Mas não se preocupe, não cumprir
não a faz um "mentiroso compulsivo". Mas essa alegação serve de
alento, afinal, a conclusão é de que alguém se valeu da nossa boa-fé, da nossa
empatia para nos fazer crer que aquela tal pessoa estava sendo sincera. Será não
cumprir uma promessa resulta em algo tão simplório assim?
Não é tão simples. Não ao crente
de certa maneira, pois, talvez ele tenha ignorado todas as sirenes, luzes e
holofotes de alertas espirituais quanto ao perigo pelo fato de estar ouvindo e
sentindo tudo aquilo que sempre desejou. A aceitação e identificação (um
mimetismo e pessoalmente, confesso que já senti muita raiva e culpei muita
gente que agiu assim comigo. Mas hoje em dia não me considero uma vítima das
promessas.
Wilhelm Reich, contemporâneo de
Freud e Jung, tem uma teoria bem interessante que diz que todas as pessoas são
formadas pela mistura de cinco traços básicos de personalidade. O traço do
Psicopata — que não tem a ver com transtorno de personalidade. Significa o
traço que não confia nas pessoas, e com tendências manipuladoras. É bem comum
em homens, mas mulheres também podem ter bastante da Psicopatia do Reich.
Gosto de falar do Psicopata
porque quando estudamos os traços, a primeira vista parece que esse é o traço
todo poderoso, arquétipo de líderes, militares, homens poderosos.
Em relação a tal questão da
"promessa é dívida", há uma grande fraqueza naquele que sofre com as
cobranças, com sensações de honra, de dívida, e com frequência vivem de forma
miserável emocionalmente, por se sentirem engessados com certo tipo de dívidas,
ou com muito medo de contrair uma.
São pessoas com dificuldade de
deixar fluir, de abrir mão do controle. principalmente os que se sentem presos
a questões de compromissos religiosos, de reputação moral, imagem, honra, enfim,
e nessa dimensão são mais frágeis do que as crianças.
Em geral Quem vive sob a égide do
"promessa é dívida" sempre em qualquer situação julga o mundo e as
pessoas com muita dureza. Portanto, é sempre muito duro consigo mesmo.
Já os que mais fazem promessas
são psicopatas - homens de tantas competências, de poderes, doutro modo, as que
mais sofrem nas mãos deles na verdade são frágeis e incautos dizimistas ou
ofertantes. Frágeis porque vivem sob essa trama mental dura de que a promessa é
dívida.
Mas calma! Uma pessoa menos “neurada”
consegue simplesmente aceitar sob uma lógica de que "a pessoa está dando
porque quer, de bom coração, e que tem em mente de que “eu não devo nada".
Pra finalizar digo que idealmente
não devemos fazer promessas que não podemos cumprir. E deveríamos cumprir o que
prometemos segundo o evangelho. Mas o mais importante é ser capaz de ver quando
a promessa pode ser renegociada ou até cancelada e jamais ignorada. Essa
capacidade analítica faz parte do amadurecimento da fé e da própria pessoa.