Teologia
um dos erros do pastor...?
Um
grande professor aponta o caminho. Um grande profeta dá o aviso.
Teologicamente
diria que alguns seminários devessem oferecer uma aula sobre a exegese das fabulas
de Esopo. O que é fábula?
A
fábula é um gênero literário narrativo que surgiu no oriente. Essas histórias
são breves, com personagens e reflexões sobre determinado tema. Esse tipo de narrativa é uma excelente
oportunidade de inserir a leitura com interpretação no dia a dia das crianças,
pois cada uma delas tem sua mensagem. E Quem foi Esopo?
Esopo
foi uma pessoa escravizada, que nasceu por volta do século VII a.C na Grécia
antiga. Numa das suas fabulas escreveu que havia o arrogante coelho que desafiava
os outros animais para uma corrida. E pra perplexidade dele, uma tartaruga
aceitou.
Iniciada
a corrida, o coelho corre, obviamente a frente numa grande distância – a ponto
de resolver tirar um cochilo, mas dorme e assim, a tartaruga atentamente se
arrasta e cruza à linha de chegada e o vence. Foi uma virada dramática, mas qual
a moral da história?
É
que nem sempre quem segue rápido e com constância ganha a corrida.
Desse modo vemos com muita frequência,
jovem pastores a criar nova congregação, rapidamente eles veem a necessidade de
revitalização e disparam adiante, tal qual à velocidade de uma lebre, para virar
a cabeça dos membros da igreja de cabeça para baixo. São tantas invencionices
modernas que em poucos anos, graves problemas surgem. E prematuramente, é que mais
se vê - uma congregação em arrogante, conflituosa, confusa e ferida devido a teologia
humana.
Agora, psicologicamente pergunto:
Você concorda que o conhecimento
nos isola das pessoas, fazendo com que não tenhamos paciência de aturar quem
não acompanha nosso raciocínio, cultivando em nós arrogância, soberba e falsa
superioridade?
Entenda como lhe convém, mas “não
estamos no mesmo barco. Estamos no mesmo mar.
Uns em iates, outros em canoas, outros em salva-vidas e outros nadando
com todas as suas forças”.
Essa frase muito me chamou a
atenção. Porque sempre vejo algumas pessoas quererem escapar da pobreza
abjeta, fútil e temporária usando o nome de Deus. Além daqueles que estão agora fugindo de si
mesmas, há os que cegamente perseguem seus sonhos e fantasias, romances e
objetivos pessoais arrogando sobre os outros seu conhecimento, status,
capacidade e cargo...
O que quero dizer é que a maioria
dessas pessoas não querem enfrentar a realidade da sua condição mental. Sim mental já que estranhamente poucos sabem sobre
sua vida interior - onde estão, quem são e como chegaram às circunstâncias
atuais.
No entanto, “psicologicamente’, a
falta de paciência com o outro, a arrogância, a soberba, também gera uma falsa
noção de superioridade e nem sempre estão vinculados ao acúmulo de
conhecimento. Muito pelo contrário. Pessoas que possuem vasto conhecimento e
verdadeira inteligência não valorizam a arrogância e a soberba e até os ignoram.
Porque estas são características mais relacionadas à ignorância do que ao
conhecimento.
Afirmo que quem se acha detentor
do conhecimento e arroga por isso, em um dado momento de verdadeira sobriedade
e honestidade consigo mesmo, verá que sua vida precisa ser redimida. Mesmo que
viva no esplendor da capacidade intelectual ou na falta de conhecimento, sua
vida precisa ser redimida. Precisa de propósito, fundamento, significado e
direção real.
Certamente que tudo isso acima oscila
de forma positiva e negativa na vida de alguém, mas não podemos deixar nosso
ego nos dominar.
Ressalto como cristão, que sempre
haverá tanto pessoas cultas quanto incultas extremamente arrogantes no nosso
meio. Mas como crente em Jesus, quando somos tachados de intolerantes por
pessoas vazias, Muitas vezes nos fortalecemos nas nossas convicções. Pois Quem
tem conhecimento e não compartilha está na contra mão do próprio conhecimento, pois
aprendemos ensinando e ensinamos aprendendo, portanto, se não propagamos
conhecimentos para melhorar a vida na terra nos tornamos pessoas egoístas....
lembrando que conhecimento trancado a sete chaves cai no esquecimento.
Até entendo que temos pouca ou
nenhuma paciência para que são incapazes, sejam cultos ou incultos ao se
argumentar com sobriedade acerca da nossa fé, principalmente com os que insistem
em versões fantasiosas da realidade. Torna impossível dialogar e conviver com quem
parte para a ofensa rapidamente acerca de qualquer assunto.
Atente que uma pessoa inteligente
entende que a única diferença entre saber e não saber é simplesmente a
informação. A pessoa inteligente não se acha superior porque sabe algo que os
outros não sabem, porque a pessoa inteligente está ciente de suas áreas cognitivas
e da ignorância ao seu redor.
Certamente, o conhecimento torna
as pessoas inteligentes mais compreensivas e tolerantes, entretanto, quanto
menos inteligente uma pessoa é, mais intolerante e vaidosa ela é.
Nas religiões de modo geral muitas
pessoas percebem isso - está claro-, mas nem todas procuram ser redimidas. Apesar
de creem no Redentor, Infelizmente a maioria delas ainda procuram o grande
mestre, o grande erudito, o sábio filosofo e o espirituoso guru, enfim, para entregarem
sua remissão em suas mãos.
Notadamente elas querem que Deus
as redima, mas com riquezas; querem que isso seja feito por meio de outra pessoa;
querem ser adoradas como adora essa pessoa e fervorosamente que acreditem na sinceridade
dela. Elas também querem que sejam tratadas como pessoas perfeitas, imaculadas,
milagrosas, produtoras de milagres e eventos fenomenais.
Lamentavelmente, espelham-se no
outro porque não percebem que Deus colocou o Redentor dentro de si mesmo, em
uma Inteligência mais profunda atrelada a informação e ao conhecimento. Que eu
caracterizo como:
Fé que é um dom divino - uma
Inteligência que existe além do reino e do alcance do intelecto, uma
Inteligência que não é corrompida ou comprometida pelo mundo, uma Inteligência
que não é movida pelo medo, desejo e compulsão. Essa fé é tão diferente da
mente com a qual você pensa que seu intelecto dificilmente pode imaginar e que existe
dentro de você. Só tem um aviso:
Digo aos dignos pastores, em
particular, para refletirem sobre isto:
Existem fieis pregadores que são
Mensageiros de Deus na terra e oferecem algo novo para a nossa humanidade. Mas
nenhum deles é O redentor e mestre das ovelhas. Eles não podem substituir Jesus
que Deus colocou dentro de nós para ser a fonte e o centro de nosso conhecimento
e salvação.
Não podemos nos tornar vítimas desses
pastores modernos e dessa perigosa teologia apressada, reformada e conflituosa.
Vemos geralmente eles com muita energia e idealismo teórico, mas pouca
experiência prática e espiritual. É perceptível a arrogância neles. parecem viver
numa “fé” em declínio, prontos a competir, mostrar quem é mais sábio,
inteligente, conhecedor e mais capacitado que as demais...