21/09/2016

o servir...


Mt. 6:24 – “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (ou as riquezas).
O que é servir?

1. Realizar trabalho em favor de alguém;
2. Prestar culto/adoração/louvor/reconhecimento (Músicas);
3. Obedecer (fazer a vontade) ao seu senhor;
4. Suprir necessidades de alguém;
a) Servir Ativamente: quando todos os itens acima estão presentes no seu ato servil.
b) Servir Passivamente: quando um ou mais dos itens acima estão faltando no ato servil.

A ESCOLHA É: servir a Deus ou servir à outra coisa. Você estará sempre servindo.

O serviço cristão deve ser ativo. É este tipo de atitude que Deus espera de nós e que nos aproxima Dele e realmente mostra o nosso amor e agradecimento. É este tipo que será recompensado no céu, e que continuaremos a fazer na Nova Jerusalém. Aqui, servimos como filhos.

O serviço passivo é um pouco mais difícil de compreender. Deus continuadamente transforma o mal que nós fazemos em um bem maior. Este bem nem sempre é evidente. Então, quando a pessoa age com egoísmo, ela estará fazendo mal a si mesmo, com certeza. O detalhe é que as pessoas não vivem isoladas. Cada ação que tomamos no nosso dia-a-dia pode influenciar várias outras pessoas, inclusive numa faixa de tempo bem ampla. Assim, uma má ação poderá ter reflexos em pessoas que, de fato, nem conheceram, muito tempo depois.

Na igreja recém-criada (Atos 2 em diante), houve uma grande perseguição aos cristãos, levando alguns deles á morte. Mas a maioria destes cristãos se espalhou por cidades, terras, países vizinhos. E, por onde passavam (como não podiam fixar residência – estavam fugindo), iam falando sobre o Jesus que ressuscitou! Estavam cumprindo o “IDE”, mesmo sem querer. O mal (a perseguição) foi transformado num bem (divulgação do evangelho pelo mundo). Os perseguidores, logicamente, não estavam fazendo a vontade de Deus, mas Deus os usou para um bem maior. Eles “serviram” a Deus, mas como uma ferramenta, um instrumento. Logo, não podem receber os “louros” do serviço.

A questão é que nós não escolhemos entre “servir” e “não servir”. Nossa escolha se encontra em “servir a Deus” ou “servir à outra pessoa (ou coisa)”. Sempre estaremos a serviço de alguém ou de algo, seja um ser espiritual, outra pessoa, coisas ou até mesmo uma ideologia/filosofia.

Quando novatos na fé se convertem, automaticamente eles vão querer servir a Deus de alguma forma, principalmente como forma de agradecimento. A dificuldade que surge é que eles não sabem exatamente o que é servir a Deus. Se perguntarmos pras pessoas na igreja o que é servir ao Senhor, muitos vão afirmar que é trabalhar na igreja, seja como diácono, professor de escola bíblica, obreiro, pastor, ou, o mais normal de acontecer, como integrantes do grupo de louvor.

Se servir é isto, então eu só sirvo a Deus nos momentos em que estou desempenhando meu cargo na igreja? E o restante do tempo? No meu trabalho secular, nos meus estudos da faculdade, no meu relacionamento familiar e com os amigos, e até no sexo, quem é meu Senhor, aquele a quem sirvo?

Nesse momento, alguns vão afirmar que basta seguir os preceitos morais ensinados na bíblia (como não mentir, não roubar) para estar servindo a Deus. Mas, ao mesmo tempo, dizem que o trabalho na igreja tem mais valor do que o secular. Será que para servir ao Senhor, de todo nosso coração, precisamos (todos) nos tornar pastores ou missionários?

É claro que não. Esta ideia advém de um entendimento parcial do nosso propósito aqui nesta vida. Logo no início de Gênesis, antes mesmo da queda do homem, você verá que a tarefa do homem era cultivar e cuidar da terra que Deus tinha dado. Não existe, nem mesmo no novo testamento, a  ideia de que se devem largar nossos trabalhos seculares para nos dedicarmos exclusivamente à igreja. É evidente que, em alguns casos, isto pode e deve acontecer. Cada um tem um chamado. Agora, o indivíduo tem uma alta habilidade na medicina, ou é um cineasta talentoso, ou um artista. É um dom nato, dado por Deus. Deveria este indivíduo, na sua ânsia de servir a Deus, deixar de lado este talento e investir tempo numa coisa que ele não saiba fazer direito, como cantar, por exemplo?

Acho que é por isso que sentimos tanta falta de cristãos em inúmeros setores. Faltam políticos, educadores, cineastas, artistas, administradores, psicólogos, médicos, cientistas, fisioterapeutas, sociólogos, historiadores, marketeiros... Gente que podia fazer a diferença no mundo, mostrando a multiforme sabedoria de Deus em suas vidas, e acabam se anulando e pensando erradamente que servir a Deus é praticamente morar dentro da igreja.
Não estou dizendo que devemos abrir mão do trabalho nas nossas congregações, nem mesmo que devemos atribuir menor valor ao trabalho eclesiástico. 

Meu objetivo é deixar claro que seu trabalho “secular” tem tanto valor quanto o seu trabalho “religioso”. Nos dois casos, você deve dar glórias e graças a Deus. Vamos cuidar para não nos tornarmos crentes “esquizofrênicos”, que agem de uma forma na igreja e de forma distinta fora dela. Jesus nos deu liberdade; vamos agir usufruindo dela! Deus nos deu dons, vamos usá-los para louvar a Deus e atingir outras pessoas com o amor dEle!

Graças a Deus por tudo isso!

Agora, faça a tua escolha.. o que você vai servir hoje? Agora? Amanhã?

Pare, pense, reflita e ore para que o Espírito Santo o encha de sabedoria para a escolha certa!


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tom caet