Mt. 6:24 –
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro
ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom
(ou as riquezas).
O que é servir?
1. Realizar trabalho em favor de
alguém;
2. Prestar
culto/adoração/louvor/reconhecimento (Músicas);
3. Obedecer (fazer a vontade) ao seu
senhor;
4. Suprir necessidades de alguém;
a) Servir Ativamente: quando todos os itens acima estão presentes no
seu ato servil.
b) Servir Passivamente: quando um ou mais dos itens acima estão
faltando no ato servil.
A ESCOLHA É:
servir a Deus ou servir à outra coisa. Você estará sempre servindo.
O serviço cristão deve ser ativo. É
este tipo de atitude que Deus espera de nós e que nos aproxima Dele e realmente
mostra o nosso amor e agradecimento. É este tipo que será recompensado no céu,
e que continuaremos a fazer na Nova Jerusalém. Aqui, servimos como filhos.
O serviço passivo é um pouco mais
difícil de compreender. Deus continuadamente transforma o mal que nós fazemos
em um bem maior. Este bem nem sempre é evidente. Então, quando a pessoa age com
egoísmo, ela estará fazendo mal a si mesmo, com certeza. O detalhe é que as
pessoas não vivem isoladas. Cada ação que tomamos no nosso dia-a-dia pode influenciar
várias outras pessoas, inclusive numa faixa de tempo bem ampla. Assim, uma má
ação poderá ter reflexos em pessoas que, de fato, nem conheceram, muito tempo
depois.
Na igreja recém-criada (Atos 2 em
diante), houve uma grande perseguição aos cristãos, levando alguns deles á
morte. Mas a maioria destes cristãos se espalhou por cidades, terras, países
vizinhos. E, por onde passavam (como não podiam fixar residência – estavam
fugindo), iam falando sobre o Jesus que ressuscitou! Estavam cumprindo o “IDE”,
mesmo sem querer. O mal (a perseguição) foi transformado num bem (divulgação do
evangelho pelo mundo). Os perseguidores, logicamente, não estavam fazendo a
vontade de Deus, mas Deus os usou para um bem maior. Eles “serviram” a Deus, mas como uma
ferramenta, um instrumento. Logo, não podem receber os “louros” do
serviço.
A questão é que nós não escolhemos
entre “servir” e “não servir”. Nossa escolha se encontra em “servir a Deus” ou
“servir à outra pessoa (ou coisa)”. Sempre estaremos a serviço de alguém ou de
algo, seja um ser espiritual, outra pessoa, coisas ou até mesmo uma
ideologia/filosofia.
Quando novatos na fé se convertem,
automaticamente eles vão querer servir a Deus de alguma forma, principalmente
como forma de agradecimento. A dificuldade que surge é que eles não sabem
exatamente o que é servir a Deus. Se perguntarmos pras pessoas na igreja o que
é servir ao Senhor, muitos vão afirmar que é trabalhar na igreja, seja como
diácono, professor de escola bíblica, obreiro, pastor, ou, o mais normal de
acontecer, como integrantes do grupo de louvor.
Se servir é isto, então eu só sirvo a
Deus nos momentos em que estou desempenhando meu cargo na igreja? E o restante
do tempo? No meu trabalho secular, nos meus estudos da faculdade, no meu
relacionamento familiar e com os amigos, e até no sexo, quem é meu Senhor,
aquele a quem sirvo?
Nesse momento, alguns vão afirmar que
basta seguir os preceitos morais ensinados na bíblia (como não mentir, não
roubar) para estar servindo a Deus. Mas, ao mesmo tempo, dizem que o trabalho
na igreja tem mais valor do que o secular. Será que para servir ao Senhor, de
todo nosso coração, precisamos (todos) nos tornar pastores ou missionários?
É claro que não. Esta ideia advém de
um entendimento parcial do nosso propósito aqui nesta vida. Logo no início de
Gênesis, antes mesmo da queda do homem, você verá que a tarefa do homem era
cultivar e cuidar da terra que Deus tinha dado. Não existe, nem mesmo no novo
testamento, a ideia de que se devem largar nossos trabalhos seculares
para nos dedicarmos exclusivamente à igreja. É evidente que, em alguns casos,
isto pode e deve acontecer. Cada um tem um chamado. Agora, o indivíduo tem uma
alta habilidade na medicina, ou é um cineasta talentoso, ou um artista. É um
dom nato, dado por Deus. Deveria este indivíduo, na sua ânsia de servir a Deus,
deixar de lado este talento e investir tempo numa coisa que ele não saiba fazer
direito, como cantar, por exemplo?
Acho que é por isso que sentimos tanta
falta de cristãos em inúmeros setores. Faltam políticos, educadores, cineastas,
artistas, administradores, psicólogos, médicos, cientistas, fisioterapeutas,
sociólogos, historiadores, marketeiros... Gente que podia fazer a diferença no
mundo, mostrando a multiforme sabedoria de Deus em suas vidas, e acabam se
anulando e pensando erradamente que servir a Deus é praticamente morar dentro
da igreja.
Não estou dizendo que devemos abrir
mão do trabalho nas nossas congregações, nem mesmo que devemos atribuir menor
valor ao trabalho eclesiástico.
Meu objetivo é deixar claro que seu trabalho
“secular” tem tanto valor quanto o seu trabalho “religioso”. Nos dois casos,
você deve dar glórias e graças a Deus. Vamos cuidar para não nos tornarmos
crentes “esquizofrênicos”, que agem de uma forma na igreja e de forma distinta
fora dela. Jesus nos deu liberdade; vamos agir usufruindo dela! Deus nos deu
dons, vamos usá-los para louvar a Deus e atingir outras pessoas com o amor
dEle!
Graças a Deus por tudo isso!
Agora, faça a tua escolha.. o que você
vai servir hoje? Agora? Amanhã?
Pare, pense, reflita e ore para que o
Espírito Santo o encha de sabedoria para a escolha certa!