“Deixar livre é único modo de amar verdadeiramente”. Clara Dawn
Dechen era um monge budista tibetano
em processo de treinamento que tinha uma grande paixão pela jardinagem.
Certa vez ele plantou uma flor, e a observou
e cuidou dela com muito carinho e total dedicação. Apesar de todos os cuidados desprendidos, a planta foi perdendo a força.
E a linda flor, sufocada pela
ausência do sol, começou a murchar, provocando grande incompreensão e tristeza ao
monge. Mas no momento em que o pequeno jardineiro descobriu que a flor somente
teria uma vida feliz em seu lugar de origem, então ele a levou e plantou-a no
solo que ela tanto amava.
Lá a flor se tornou
incomensuravelmente bela. E o pequeno monge descobriu que, ainda que amemos muito algo ou alguém, não
podemos deixá-lo aprisionado... Pois cada ser é único e livre e possui
o seu modo íntimo de felicidade.
E com isso aprendemos que amar é aceitar a felicidade do outro ainda
que esta felicidade não seja ao nosso lado... E que por mais que
nos dediquemos ao nosso objeto de desejo, ele precisa de seu próprio espaço
para respirar, para crescer, para resplandecer.