Quase sempre
somos pegos sentindo incomodados com a atenção de alguns em determinados erros
anteriores na nossa vida. São coisas que nos incomodavam, na verdade que ainda
nos incomodam. Haja vista que causaram um mal, e evitamos lembrar por causa do
sofrimento a todos, mas lamentavelmente há quem insiste em trazer a nossa memoria
os tais episódios.
Pedir e perdoar podem
ser um processo longo, onde se deva aprender a reconhecer, esperar e ter mais
paciência uns cons outros. Porque o perdao na verdade não leva somente segundos
pra acontecer, mas dias, meses, anos ou quem sabe a vida inteira pra alguns. Claro que gostaríamos que fosse diferente!
Mas atentemos a essa lição! E é isso que devemos buscar: a sabedoria de usar o
perdão. Afinal, quem é quem longe desse altar
de vaidades? O que Deus vai ver quando Ele sondar os nossos corações em relação
ao que temos feito ao próximo? Como temos vivido ao sair de um culto, dos aplausos
honrosos ou das máscaras das amizades diárias e ate mesmo do apagar das luzes
do nosso escoderijo?
Sabemos que
pedir perdão e perdoar não é só pra se arrepender dos erros... É também
alcançar a paz de consciência com o próximo. Recuperar a amizade, voltar a
andar juntos e ate fazer planos... Para isso precisamos então considerar que
nunca seremos capazes de esquecer todas as mágoas e pecados que cometemos ou
nos causaram, e aprender a respeitar isso. A conviver com a imagem de ver tanta
gente inteligente desperdiçando tempo nas coisas fúteis diariamente e ignorar
as situações que deveriam ter deixados lá atrás...
Mesmo assim, ainda que guardemos, e ainda que
neguemos, sempre usamos o passado para entristecer uns aos outros e com as
coisas chocantes que ferem. Lembremos que a nossa vida também está envolvida e
consequentemente, todos sofrerão com as palavras, sentimentos, lembranças... São
"coisas" que costumamos chamar as pessoas, tipo: materialista,
desumano, ignorante, insensível, falso, mentiroso, ambicioso, orgulhoso... Dói não
é mesmo?
Em Miquéias 7.19
Deus afirma que nos perdoa e “atira os nossos pecados nas profundezas do
mar”. Então, será que devemos valorizar
a opinião dos outros acerca dos nossos erros do passado?
É importante
dizer que por tal motivo a sua resposta tem que fazer voce ver o quanto é ou ainda
pode estar sendo desrespeitoso e indiferente com todos igualmente. Afinal,
ninguém quer sofrer, mas fazer alguém sofrer... Todos colhem o que plantam... Sendo
assim, a maioria que demonstra exigir que todos tivessem o dever de tomar a
mesma decisão que eles tomaram em relação ao perdão, são fingidos... E isso não
é certo! Porque certamente todos têm sua
parcela de culpa, o que significa que terão que entrar neste mesmo processo de
autorreflexão e aceitação em comum igualmente.
Espero que
aceitem a compreensão de que nem sempre seremos aceitos devido ao nosso jeito
de ser; de pensar. É compreensível, e que nem sempre estamos satisfeitos com o
desprezo e jeito de ser dos outros também...
Descobri que o
perdão é uma decisão que nos conduz a caminhar por entre os cacos sem se ferir,
olhar para esses cacos quebrados e não temer... Sentir a dor de perto em
silêncio. É o que tenho feito...
E hoje posso ver
a destruição causada pelo pecado. A violência e a miséria da fé humana. Mas o
que mais me causa sofrimento é a espera por ajuda de alguém, e a falta de
certeza do perdão delas. Esperar tem sido uma tarefa impossível pra mim. Principalmente
quando se está sozinho.
Ainda que
tenhamos reconhecido nossos erros dos tempos atrás, continuamos a nos sentir
mal por tê-los cometidos, isto é, temos vontade de voltar lá e consertar tudo,
vontade essa que nos faz necessitar do arrependimento constantemente. Mas pra
quem perfilha seus erros diariamente, deve aprender com suas próprias
necessidades e descobrir se o seu respeito próprio não está adormecido,
entorpecido, anestesiado pela autossuficiência.
Não pretendo com
isso, fazer lamentação e acusações, nem que especulem a minha intenção neste
texto. Só quero que saibam que o orgulho nos impede de ouvir uns aos outros sem
julgar, talvez porque não pareçamos ser tão sinceros nas nossas atitudes
diárias ainda ou como imaginamos ser... Mas como existem vários motivos que nos
impedem de realizar algo a mais em nossas vidas, digo que pretendo aqui,
solicitar que todos decidam ir pelo caminho mais apropriado e difícil na vida:
aprender a perdoar!
Difícil porque
perdoar implica num recomeço e restauração. E essa é a pior tarefa nesse
processo de esquecimento para todos, pois as marcas dos erros existirão para
lembrar que não devemos cometê-los de novo. Felizmente o perdão também nos
ensina a tolerância com aqueles que insensatamente, quer nos atingir trazendo de
volta o erro do passado para atacar o nosso presente...
E quero relatar
passo a passo a vocês dizendo que: Entender o perdão pra mim não é tão fácil, mas o exemplo de Jesus me
ajuda a levar o perdão a sério em minha vida. Ele me conhece, sabe quando estou
sentado e quando fico de pé. Ele conhece a nossa vida e também nosso coração: o
Senhor! Jesus nos diz: “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as
minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou
a minha vida pelas minhas ovelhas.”. Por isso, venho pedindo a Deus que me
ajude a pedir perdão e a perdoar, assim como ele nos perdoou. O perdão é
essencial para a minha vida eterna. Preciso tanto! E por tudo de mal que lhes
causei, Sinto muito por tudo. Perdoe-me!
Perdoe-me por eu
não ser tão simpático – apesar de não me importar tanto com isso... Deveria
tentar ser mais, no entanto, ser hipócrita ou sorrir sem vontade jamais saria
pra agradar alguém... Apesar de alguns ainda me ofenderem todo tempo com isso,
talvez eu seja realmente um e não saiba pela falta de sabedoria e
discernimento. E desse jeito o Nosso Deus tem me mantido vivo... Desculpe-me é
que às vezes certas circunstancias nos cegam...
Perdoe-me também
por fazer vocês sofrerem com as minhas piores ofensas e perdoe-me exatamente
por apagar os seus bons momentos e conselhos, é que não via neles algo que
mudaria a minha vida... E eu estava certo, pois foi com Jesus que tudo mudou.
Ele fez uma restauração, renovação de tudo nela... E esta é a minha primeira
etapa: unir no reconhecimento dos erros cometidos uns com os outros, de tempo
em tempo, ou seja, prometer e cumprir, parar de fingir que não vejo, e assim
por diante...
Enquanto a decisão
de todos, espero que comece ressaltando o seu perdão comigo ou apresente o seu
pedido de perdão a alguém, não como um sentimento emotivo implícito (porque
está sofrendo), mas como uma decisão racional (algo que te deu vontade)
explicitamente. Pois dar ou receber perdão deve causar esperança e certeza e
não altivez – que é um ato imediato entre pessoas ordinárias.
Com gratidão.
Caetan Capellan