18/11/2015

Perdoem-me!


Quase sempre somos pegos sentindo incomodados com a atenção de alguns em determinados erros anteriores na nossa vida. São coisas que nos incomodavam, na verdade que ainda nos incomodam. Haja vista que causaram um mal, e evitamos lembrar por causa do sofrimento a todos, mas lamentavelmente há quem insiste em trazer a nossa memoria os tais episódios.
Pedir e perdoar podem ser um processo longo, onde se deva aprender a reconhecer, esperar e ter mais paciência uns cons outros. Porque o perdao na verdade não leva somente segundos pra acontecer, mas dias, meses, anos ou quem sabe a vida inteira pra alguns.  Claro que gostaríamos que fosse diferente! Mas atentemos a essa lição! E é isso que devemos buscar: a sabedoria de usar o perdão.  Afinal, quem é quem longe desse ‪altar de vaidades? O que Deus vai ver quando Ele sondar os nossos corações em relação ao que temos feito ao próximo? Como temos vivido ao sair de um culto, dos ‎aplausos honrosos ou das ‪máscaras das amizades diárias e ate mesmo do apagar das ‪luzes do nosso escoderijo?
Sabemos que pedir perdão e perdoar não é só pra se arrepender dos erros... É também alcançar a paz de consciência com o próximo. Recuperar a amizade, voltar a andar juntos e ate fazer planos... Para isso precisamos então considerar que nunca seremos capazes de esquecer todas as mágoas e pecados que cometemos ou nos causaram, e aprender a respeitar isso. A conviver com a imagem de ver tanta gente inteligente desperdiçando tempo nas coisas fúteis diariamente e ignorar as situações que deveriam ter deixados lá atrás...  
Mesmo assim, ainda que guardemos, e ainda que neguemos, sempre usamos o passado para entristecer uns aos outros e com as coisas chocantes que ferem. Lembremos que a nossa vida também está envolvida e consequentemente, todos sofrerão com as palavras, sentimentos, lembranças... São "coisas" que costumamos chamar as pessoas, tipo: materialista, desumano, ignorante, insensível, falso, mentiroso, ambicioso, orgulhoso... Dói não é mesmo?
Em Miquéias 7.19 Deus afirma que nos perdoa e “atira os nossos pecados nas profundezas do mar”.  Então, será que devemos valorizar a opinião dos outros acerca dos nossos erros do passado?
É importante dizer que por tal motivo a sua resposta tem que fazer voce ver o quanto é ou ainda pode estar sendo desrespeitoso e indiferente com todos igualmente. Afinal, ninguém quer sofrer, mas fazer alguém sofrer... Todos colhem o que plantam... Sendo assim, a maioria que demonstra exigir que todos tivessem o dever de tomar a mesma decisão que eles tomaram em relação ao perdão, são fingidos... E isso não é certo!  Porque certamente todos têm sua parcela de culpa, o que significa que terão que entrar neste mesmo processo de autorreflexão e aceitação em comum igualmente.
Espero que aceitem a compreensão de que nem sempre seremos aceitos devido ao nosso jeito de ser; de pensar. É compreensível, e que nem sempre estamos satisfeitos com o desprezo e jeito de ser dos outros também...
Descobri que o perdão é uma decisão que nos conduz a caminhar por entre os cacos sem se ferir, olhar para esses cacos quebrados e não temer... Sentir a dor de perto em silêncio. É o que tenho feito...
E hoje posso ver a destruição causada pelo pecado. A violência e a miséria da fé humana. Mas o que mais me causa sofrimento é a espera por ajuda de alguém, e a falta de certeza do perdão delas. Esperar tem sido uma tarefa impossível pra mim. Principalmente quando se está sozinho.
Ainda que tenhamos reconhecido nossos erros dos tempos atrás, continuamos a nos sentir mal por tê-los cometidos, isto é, temos vontade de voltar lá e consertar tudo, vontade essa que nos faz necessitar do arrependimento constantemente. Mas pra quem perfilha seus erros diariamente, deve aprender com suas próprias necessidades e descobrir se o seu respeito próprio não está adormecido, entorpecido, anestesiado pela autossuficiência.
Não pretendo com isso, fazer lamentação e acusações, nem que especulem a minha intenção neste texto. Só quero que saibam que o orgulho nos impede de ouvir uns aos outros sem julgar, talvez porque não pareçamos ser tão sinceros nas nossas atitudes diárias ainda ou como imaginamos ser... Mas como existem vários motivos que nos impedem de realizar algo a mais em nossas vidas, digo que pretendo aqui, solicitar que todos decidam ir pelo caminho mais apropriado e difícil na vida: aprender a perdoar!
Difícil porque perdoar implica num recomeço e restauração. E essa é a pior tarefa nesse processo de esquecimento para todos, pois as marcas dos erros existirão para lembrar que não devemos cometê-los de novo. Felizmente o perdão também nos ensina a tolerância com aqueles que insensatamente, quer nos atingir trazendo de volta o erro do passado para atacar o nosso presente...
E quero relatar passo a passo a vocês dizendo que: Entender o perdão pra mim não é tão fácil, mas o exemplo de Jesus me ajuda a levar o perdão a sério em minha vida. Ele me conhece, sabe quando estou sentado e quando fico de pé. Ele conhece a nossa vida e também nosso coração: o Senhor! Jesus nos diz: “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas.”. Por isso, venho pedindo a Deus que me ajude a pedir perdão e a perdoar, assim como ele nos perdoou. O perdão é essencial para a minha vida eterna. Preciso tanto! E por tudo de mal que lhes causei, Sinto muito por tudo. Perdoe-me!
Perdoe-me por eu não ser tão simpático – apesar de não me importar tanto com isso... Deveria tentar ser mais, no entanto, ser hipócrita ou sorrir sem vontade jamais saria pra agradar alguém... Apesar de alguns ainda me ofenderem todo tempo com isso, talvez eu seja realmente um e não saiba pela falta de sabedoria e discernimento. E desse jeito o Nosso Deus tem me mantido vivo... Desculpe-me é que às vezes certas circunstancias nos cegam...
Perdoe-me também por fazer vocês sofrerem com as minhas piores ofensas e perdoe-me exatamente por apagar os seus bons momentos e conselhos, é que não via neles algo que mudaria a minha vida... E eu estava certo, pois foi com Jesus que tudo mudou. Ele fez uma restauração, renovação de tudo nela... E esta é a minha primeira etapa: unir no reconhecimento dos erros cometidos uns com os outros, de tempo em tempo, ou seja, prometer e cumprir, parar de fingir que não vejo, e assim por diante...
Enquanto a decisão de todos, espero que comece ressaltando o seu perdão comigo ou apresente o seu pedido de perdão a alguém, não como um sentimento emotivo implícito (porque está sofrendo), mas como uma decisão racional (algo que te deu vontade) explicitamente. Pois dar ou receber perdão deve causar esperança e certeza e não altivez – que é um ato imediato entre pessoas ordinárias.
Com gratidão.

Caetan Capellan

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